domingo, 25 de março de 2007

Os Góticos


Caros leitores, este post pretende dar a conhecer uma espécie de hominídeos, especialmente a quem nunca esteve num concerto de metal nem na serra de Sintra em noites de lua cheia.

Essa espécie é geralmente denominada de Góticos, são facilmente identificáveis, pois calçam botas da tropa preta com a biqueira de aço, vestem calças de ganga preta, ornamentadas com a corrente do cão e espetadas pelo rego do cu acima, no caso do macho, e uma saia tipo kilt escocês mas preta, no caso de certas fêmeas, ambos os géneros usam uma T-shirt preta com uma imagem de uma carnificina, ou da capa de um qualquer álbum satânico, passo a redundância, e com o titulo da respectiva banda nas costas, usam um pentagrama pendurado do pescoço que tapam com um casaco de cabedal do tamanho deles, para fazerem uma pequena ideia basta ver uma foto do conde Drácula mas todo de preto.

A maquilhagem da fêmea (como a de alguns "machos") é preta, desde os lábios às unhas, pestanas, sobrolho, tudo é preto, e que escondem por baixo dum cabelo que não cortam devido ao facto do horário laboral dos cabeleireiros ser diurno, a contrastar com o branco lixívial da face característico da espécie, que se deve ao facto de não apanharem com sequer um raio de sol nas trombas, parece que padecem duma fotosensibilidade auto-imposta, para fazerem outra pequena ideia basta ver um filme de Vampiros a preto e branco para entenderem a figura sinistra dos especímenes assim como a sua aversão ao astro rei.

Os seus hábitos sociais são completamente inexistentes, a isso se deve o facto de ninguém se ter cruzado com tais sinistras figuras durante o dia, excepção feita aos cultos religiosos em noites de lua cheia na serra de Sintra, talvez saiam de casa nos eclipses solares para colocarem os 666 piercings que cada um usa espalhados pelo corpo, para vê-los sem ser nos seus cultos satânicos, temos que ir a um concerto de metal, onde se reúnem todos, e talvez seja aí que os machos conhecem as fêmeas com vista à procriação futura, visto tal espécie só acasalar entre ela e ainda não estar extinta.

É claro que estes aspectos os tornam, no mínimo ímpares, mas a questão que urge ser respondida é; onde anda essa gente durante o dia?, andam de metro, vão ao café, praticam desporto, tem um trabalho dito normal, frequentam escolas ou universidades, ao fim ao cabo quem é essa gente?

Faço estas perguntas porque é esta gente que vou, mais uma vez, encontrar no dia 28 de Junho, no festival Super Bock Super Rock, para ver pela 3 vez os grandiosos Metallica, e aproveitar para calçar as minhas botas da tropa, vestir a minha tshit do live shit, e umas calças pretas apertadas no cu com a corrente do gato, assim como o meu casaco de cabedal preto; o cabelo não cresce até lá, nem a maquilhagem preta me favorece, mas vou lá estar entre eles.

Acho que este último parágrafo responde parcialmente à pergunta; quem é essa gente?
A todos eles, um abraço e até Junho!

quinta-feira, 15 de março de 2007

O Galo


Quem me conhece sabe que o estado Português, só emitiu o meu Bilhete de Identidade a fins de eu não esquecer o meu próprio nome ou para eu poder fazer uma conta de subtrair anualmente, e assim responder à pertinente pergunta, -Que idade tens?

Isto tudo, para perceberem o quanto eu sou esquecido, e a dificuldade que tenho em assimilar nomes ou números que não sejam suportados por factos tangíveis, como é o caso da minha idade que incrementa todos os anos.

Claro que não fiz um post a anunciar a comunidade internauta que sofro de esquecidez aguda crónica, mas para relembrar uma das poucas recordações que tenho de criança e que quero partilhar convosco neste post, consta de um objecto em forma de galo, que está em cima da estante da sala, por cima da televisão e ao lado duma garrafa preta com o formato dum touro, que o meu pai comprou provavelmente numa ida a Espanha, e cujo líquido ainda hoje não descobri o que era.

Ao abrir um email, daqueles que começam por FW… e que anexava uma foto de uma pedra, que supostamente prevê as condições climatéricas, a qual acompanha este post, lembrei-me que eu tive um galo, e que ainda hoje tenho, talvez por isso a memoria esteja tão presente… que tinha um funcionamento similar ao da pedra, e lembro-me na altura por volta dos meus cinco ou seis anos, que aquele galo era um mistério sinistro que eu não conseguia entender, nem eu, nem ninguém lá em casa me conseguia explicar o seu tenebroso funcionamento.

O galo mede cerca de 10cm sem a crista, está pousado num pedestal, e está coberto de uma material que muda de cor dependendo do estado do tempo e faz-se acompanhar por uma escala em tons de azul, e que cada tonalidade representa o tempo lá fora, desde sol, embrulhado, chuva, trovoada, ect…

Aquele mecanismo de previsão era quase mágico para mim por ser completamente inexplicável, apesar de o galo ter as duas patas, certamente não ia da sala à rua espreitar o tempo, mas que mudava de cor, mudava.
Hoje, (entenda-se que este hoje é figurativo, não representa o dia 15/3/2007) entendo que aquela matéria que reveste o galo, é uma matéria que varia a tonalidade com a humidade relativa do ar, que é proporcional ao nível precipitação, mas durante muito tempo aquele galo tinha algo de misterioso para mim, que hoje não passa de um fenómeno suportado por uma mera explicação pseudo-cientifica.

Aqueles que acham que vou terminar o post com uma lição de moral, fazer dele um manual de cepticismo básico ou mesmo enaltecer a minha brilhante inteligência em análise e sistemas meteorológicos, engana-se; vou antes deixar uma intrigante pergunta que podem responder na caixa de comentários…

Para que raio é que alguém quer a porra dum dispositivo, ainda por cima em forma de galo e como se não bastasse, azul, em cima da televisão, para saber se esta a chover, não é mais fácil ficar sossegado a ver televisão e quando esta desligar ficar a saber que está uma chovita lá fora e a EDP já cortou a distribuição com medo de chumbar algum transformador?

PS: Para quem me conhece e é meu conterrâneo, isto faz algum sentido!

sexta-feira, 9 de março de 2007

O Nosso Blog Dava uma Enxaqueca


Hoje, para variar, estive encalhado no trânsito, e no meio de um zapping às intermináveis estações de Rádio, ouvi na Comercial um programa radiofónico chamado “O meu Blog dava um programa de Rádio”.

Para quem já está em pânico, e a acusar-me da perda da noção do ridículo, relaxe, pois não vamos candidatar o nosso blog a efémero concurso, aliás como já devem ter reparado o nosso blog não dava nenhum programa de Rádio, mal a mal dava uma enxaqueca a quem corajosamente o ler do início ao fim.

No tempo que ouvi o programa, cujo término coincidiu com o facto de alguém começar a ler um post sobre a vida depois da morte, escrito com uma convicção e certeza que pouca gente tem em relação a morte depois da vida, mas antes disso ainda consegui ouvir a confissão do autor acerca das keywords searches, que são as palavras ou frases que digitamos no google para procurar qualquer coisa, e que são o caminho erróneo para chegar ao endereço do blog.

Ora mal cheguei a casa, fui ver como é que os nossos leitores encalhavam inadvertidamente com o nosso blog, ou seja por o quê é que eles procuravam para ter a infelicidade de vir aqui parar, fica então aqui o TOP TEN das pesquisas do Google:

1- abençoado seja esse cu
2- grandes fodas no cu
3- anãs mostram o grande cu
4- abençoado seja cristo
5- todo no rego do cu
6- loiras a dar o cu
7- mamas cona cu
8- putas a levar no cu
9- grande cu preto
10- línguas nesse cu fofo

Analisando os dados, ficamos a saber que há por ai muita gente ainda mais tarada do que os colaboradores do blog, eu pessoalmente nunca pesquisei nada por “abençoado seja cristo”

segunda-feira, 5 de março de 2007

Banda sonora invulgar para o sexo


Como um amigo me disse a dada altura que ao pequeno-almoço, juntava em vez do leite sumo natural aos cereais, nunca mais achei que as “misturas” que fazemos na vida não são estranhas apenas depende dos gostos, e gostos não se discutem.

Venho então relatar uma experiência e que sugiro.


A dada altura no meio do acto sexual, mais exactamente na sala com a televisão ligada, devido ao reboliço, houve uma mudança repentina de canal que estava a ser transmitido passando a ser visto no ecrã o canal historia.

Nesse preciso momento que praticava a minha posição preferida, no calão, "à canzana", começo a ouvir no cenário de fundo nem mais nem menos o Adolf Hitler. Ah , pois é!

Num dos seu míticos discursos, e não é que quando o gajo começa a exaltar e o povo vai na conversa, mandando os braços para o ar, de uma forma um pouco homossexual, diga-se de passagem, todos gritando em coro e de forma ritmada que aos poucos gradualmente vão aumentando o ritmo, que me começo a aperceber que ao mesmo tempo que gritam e em que o “insiro” existe uma simbiose. De tal forma, que o ritmo das “inserções” vai aumentando com o ritmo dos gritos, até ao ponto de eu atingir um orgasmo e depois ouvir, vindo da televisão, uma salva de palmas enaltecendo o feito. É um pouco invulgar como “acompanhamento” mas, de uma forma um pouco bizarra, achei piada.

Vocês podem dizer que aquilo não se percebe nada do que os gajos dizem pois falam em alemão, mas da para perceber claramente que no meio daquilo tudo, que eles também se preparam para foder alguém.



sexta-feira, 2 de março de 2007

O Salvador



O concurso Os Grandes Portugueses, o qual mereceu a minha atenção e também um post, teve hoje o despudor de infectar as nossas ruas com um outdoor, contendo as ventas do Salazar com a intrujante pergunta; “Salvador ou Ditador?”

Para aqueles que a resposta não é clara, ficam os factos:

1931
O estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto;

1932
Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa;

1934, 18 de Janeiro
Américo Gomes, operário, morre em Peniche após dois meses de tortura; Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura em consequência da repressão da greve; Júlio Pinto, operário vidreiro, morto à pancada; a PSP mata um operário conserveiro durante a repressão de uma greve em Setúbal

1935
Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);

1936
Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934; Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;

1937
Ernesto Faustino, operário; José Lopes, operário anarquista, morre durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se seguiu ao atentado a Salazar; Manuel Salgueiro Valente, tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias; Augusto Costa, operário da Marinha Grande, Rafael Tobias Pinto da Silva, de Lisboa, Francisco Domingues Quintas, de Gaia, Francisco Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa, Pedro Matos Filipe, de Almada e Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde, morrem no espaço de quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos; Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE (PVDE) durante a tortura ; Abílio Augusto Belchior, operário do Porto, morre no Tarrafal, vítima das febres e dos maus tratos;

1938
António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de doença cardíaca; Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no Aljube, devido a tuberculose contraída em consequência de espancamento perpetrado por seis agentes da Pide durante oito horas; Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo do Tarrafal, vítima de maus tratos; Francisco Esteves, operário torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da PIDE; Alfredo Caldeira, pintor, dirigente do PCP, morre no Tarrafal após lenta agonia sem assistência médica;

1939
Fernando Alcobia, morre no Tarrafal, vítima de doença e de maus tratos;

1940
Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal, vítima de maus tratos; Albino Coelho, morre também no Tarrafal; Mário Castelhano, dirigente anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;

1941
Jacinto Faria Vilaça, Casimiro Ferreira; Albino de Carvalho; António Guedes Oliveira e Silva; Ernesto José Ribeiro, operário, e José Lopes Dinis morrem no Tarrafal;

1942
Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal; Carlos Ferreira Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de metralhadora, os agentes assassinos alegam legítima defesa (?!); Bento António Gonçalves, secretário-geral do P. C. P. Morre no Tarrafal; Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal; Fernando Óscar Gaspar, morre tuberculoso no regresso da deportação; António de Jesus Branco morre no Tarrafal;

1943
Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos, António, Júlio e Constantina, são mortos a tiro pela GNR; Paulo José Dias morre tuberculoso no Tarrafal; Joaquim Montes morre no Tarrafal com febre biliosa; José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal; Américo Lourenço Nunes, operário, morre em consequência de espancamento perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa; Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal; Francisco dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto durante a tortura;

1944
General José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar; Francisco Ferreira Marques, de Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após mês e meio de incomunicabilidade; Edmundo Gonçalves morre tuberculoso no Tarrafal; assassinados a tiro de metralhadora uma mulher e uma criança, durante a repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros da herdade da Goucha (Benavente), mais 40 camponeses são feridos a tiro.

1945
Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal; Germano Vidigal, operário, assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo; Alfredo Dinis (Alex), operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de Bucelas; José António Companheiro, operário, de Borba, morre de tuberculose em consequência dos maus tratos na prisão;

1946
Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após doze anos de prisão e de deportação; Joaquim Correia, operário litógrafo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de prisão;

1947
José Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a tortura na sede da PIDE;

1948
António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante a tortura; Artur de Oliveira morre no Tarrafal; Joaquim Marreiros, marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de deportação; António Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18 de Janeiro de 1934, morre quase cego e após doença prolongada;

1950
Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na Penitenciária de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses de incomunicabilidade; José Moreira, operário, assassinado na tortura na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo é lançado por uma janela do quarto andar para simular suicídio; Venceslau Ferreira morre em Lisboa após tortura; Alfredo Dias Lima, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;

1951
Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus tratos na prisão;

1954
Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços;

1957
Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no Porto após quinze dias de tortura; Manuel da Silva Júnior, de Viana do Castelo, é morto durante a tortura na sede da PIDE no Porto, sendo o corpo, irreconhecível, enterrado às escondidas num cemitério do Porto; José Centeio, assalariado rural de Alpiarça, é assassinado pela PIDE;

1958
José Adelino dos Santos, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo, vários outros trabalhadores são feridos a tiro; Raul Alves, operário da Póvoa de Santa Iria, após quinze dias de tortura, é lançado por uma janela do quarto andar da sede da PIDE, à sua morte assiste a esposa do embaixador do Brasil;

1961
Cândido Martins Capilé, operário corticeiro, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Almada; José Dias Coelho, escultor e militante do PCP, é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa;

1962
António Graciano Adângio e Francisco Madeira, mineiros em Aljustrel, são assassinados a tiro pela GNR; Estêvão Giro, operário de Alcochete, é assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1º de Maio em Lisboa;

1963
Agostinho Fineza, operário tipógrafo do Funchal, é assassinado pela PSP, sob a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;

1964
Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé pela GNR; David Almeida Reis, trabalhador, é assassinado por agentes da PIDE durante uma manifestação em Lisboa;

1965
General Humberto Delgado e a sua secretária Arajaryr Campos são assassinados a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha), os assassinos são o inspector da PIDE Rosa Casaco e o subinspector Agostinho Tienza e o agente Casimiro Monteiro;

1967
Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, morre vítima de tortura na PIDE;

1968
Luís António Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima de maus tratos; Herculano Augusto, trabalhador rural, é morto à pancada no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra colonial; Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em situação de incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite sem assistência;

1969
Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, é assassinado através de um atentado organizado pela PIDE;

1972
José António Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e militante do MRPP, é assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à luta do povo vietnamita e contra a repressão, o seu assassino, o agente da PIDE Coelha da Rocha, viria a escapar-se na "fuga-libertação" de Alcoentre, em Junho de 1975;

1973
Amilcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde, é assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por Alpoim Galvão;

1974, 25 de Abril
Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre, José James Barneto, de Vendas Novas, Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa, e José Guilherme Rego Arruda, estudante dos Açores, são assassinados a tiro pelos pides acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, são ainda feridas duas dezenas de pessoas.


Posto isto, fiz um poema, daqueles ditos populares, que dizem mal do governo, dos que são recitados na TV por um velhote perdido na serra... aqui vai:

O Dr. Oliveira Salazar,
foi o Salvador da Nação,
Hoje vivemos a pagar,
o preço da Salvação,

Eu não me lembro de mendigar, 
tal feito a esse cidadão,
E ainda hoje ando a penar,
Vivendo a vida a pensar,
Que mal fiz eu ao Cabrão!